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Porto Seguro, patrimônio de todos os brasileiros, é um monumento vivo de nossa história, que começa com o próprio descobrimento do Brasil, em 22 de abril de 1500 com a visão do Monte Pascoal pela frota de Pedro Álvares Cabral.

Toda essa região foi mantida intacta por quase 500 anos até o início de sua modernização nos anos 70 com a inauguração da BR 101 e hoje, com o aeroporto internacional, tornou-se um dos mais importantes polos turísticos do Brasil.

Apesar de passar por quase meio século, grande parte dessa região continua intocada, com o sol que brilha quase o ano inteiro iluminando a beleza de seus mais de 90 Km de praias, de águas calmas e mornas, ricas em coroas e recifes, ocorrendo muitos deles em alto mar, transformando-se em verdadeiras praias em alto mar. Essa natureza exuberante que a cidade ostenta, é um diferencial que agrega valor e exerce um grande atrativo para o mercado imobiliário de Porto Seguro. Sendo aqui o lugar onde  se iniciou a exploração  pelos portugueses, como  a cidade conseguiu manter preservadas as suas belezas naturais por todo esse tempo? Uma análise histórica nos ajudará a entender a evolução do mercado imobiliário de Porto Seguro.

Sua primeira povoação aconteceu no Outeiro de Glória (loteado pelo ex-prefeito João Carlos, hoje o bairro mais sofisticado da cidade) em 1503, para logo depois, em 19 de junho de 1505, ser praticamente destruída pelos índios. Em 1526, no morro ao lado, Pero de Campos Tourinho fez erigir a cidade definitiva, e mandou construir 3 igrejas, de um total de oito, em toda a capitania de Porto Seguro.

Em 24 de novembro de 1546, Pero Campos Tourinho foi preso e deportado para Portugal, para responder pelo crime de heresia que nunca ficou provado.  Ficou em seu lugar D. Inês, sua esposa, que abdicou em nome de seu filho, Fernando, que morreria logo depois. A capitania passou para as mãos da única filha de Tourinho, Leonor de Campos que, apesar de casada dom Jorge da Pesqueira, morreu virgem, completamente intacta! Sua administração foi um desastre, o que fez com que a capitania ficasse abandonada.

Com o descaso, a capitania começou a se degenerar, ao ponto de, em 7 de fevereiro de 1550, em carta a El-Rei,  o ouvidor geral, Pero Borges, dizer que isso aqui não passava de “uma pública ladroeira e malícia”.  As confusões com os índios também foram tantas e tamanhas, que em 1622 a vila de Porto Seguro estava completamente despovoada;  sua população não chegava a 30 pessoas.

A cidade primeiramente se formou na parte alta, que ficaria com as classes dominantes, de maior poder aquisitivo, e as instituições administrativas.  Entretanto, foi na parta baixa que a cidade começou a se desenvolver economicamente, comercialmente e urbanisticamente. Por volta da metade do século XIX, os pescadores, para facilitar seus trabalhos,  começaram a fazer suas casas beirando o rio Buranhém, (que quer dizer madeira de casca doce) do qual a cidade acompanha o formato do seu desembocadouro.

É nesta parte baixa que começam a se concentrar, além dos pescadores, armazéns e casas comerciais, um outro tipo de economia: a construção de estaleiros para a fabricação, não só de barcos de pescas, como barcos um pouco maiores, para o transporte de cargas.

Com a virada para o século XX, a economia da cidade foi se deteriorando e as atividades produtivas sofreram um sério abalo. Nada mais crescia, nada mais ia pra frente.

Em 1937 começou a primeira grande obra pública da nova cidade: foi construído um aeroporto federal no Arraial d’Ajuda,  que dista a cinco quilômetros  de Porto Seguro, e servia tanto para os aviões do CAN, Correio Aéreo Nacional, como um possível ponto de apoio para a Segunda Guerra Mundial, que estaria já batendo às portas.  

Em 14 de maio de 1945, a bordo do navio Ilhéus desembarcaram na pequena e desconhecida cidade, 300 homens da empresa CILA (Construtora Industrial Ltda), com a missão de construir uma estrada que ligasse a velha e esquecida matrona a um entroncamento da futura localidade de Eunápolis, que começou sendo chamada de 64, que era a distância, em quilômetros, entre Porto Seguro e o entroncamento de futura BA 2, hoje BR 101.

Após a construção dessa estrada, muitos destes homes resolveram permanecer na cidade.  Essa mesma construtora, sob pena de não receber o restante do dinheiro devido pela União, foi obrigada pelo governo federal a construir um cais de proteção, já que o mar com seus dentes afiados e sua boca arreganhada, estava começando a abocanhar uma boa parte da cidade. O cais, iniciado na década de 1947, parou na Passagem em 1945. Somente na década de 1970 ele foi terminado, nos governos de Manoel Ribeiro Carneiro e Carlos Alberto Parracho.

Nessa época, uma grande parte da área urbana era formada por mato, campos, mangues, charcos e lagoas. Os prefeitos devam graças a Deus, pediam e imploravam para que alguém ocupasse um terreno urbano; assim o manteria pelo menos limpo.

O mais engraçado nisso tudo, é que somente uma pessoa conseguiu ver nas terras urbanas, um futuro sólido, valorizado e acima de tudo lucrativo e promissor; tudo isso apesar de pouca instrução.  Era um pequeno comerciante e funcionário público da prefeitura municipal, chamado Álvaro Cícero. Ele ocupou e construiu nos vários terrenos que adquiriu, a preço de bananas, mais de vinte casas, na sua maioria meia-água, que fariam corar de vergonha e matar de susto  Oscar Niemeyer.

Porto Seguro, para a Bahia, para o Brasil e para os brasileiros, continuava uma pequena e não notada Aldeia de Pescadores. Foi então que, em 1968, Manoel Carneiro se tornou prefeito, um dos mais importantes de toda a história da cidade, fuçando Salvador e Brasília  em busca do reconhecimento e do crescimento da Terra Mãe, até então esquecida. A insistência e os apelos do prefeito começaram a ter eco e a cidade que não tinha (ou parecia não ter) a mínima importância para as autoridades estaduais e federais, começou a despontar no cenário nacional.

Em 1971, substituiu Manoel Carneiro, Carlos Alberto Parracho, que foi prefeito por duas vezes. Sem que a cidade tivesse, exceto por mar, qualquer tipo de acesso razoável, criou junto com Romeu Fontana, a Secretaria de Turismo, para turista nenhum, fato muito contestado na época.

Em 1973, um marco importante para o desenvolvimento da cidade, foi a inauguração da estrada asfaltada. Mas as mudanças só começaram a aparecer em 1978/79, quando a secretaria de turismo criou uma programação, específica para o verão, que foi a primeiroa do Brasil, com festas nas praças públicas e de graça, até o carnaval. Somando-se isso à fama de libertinagem e hedonismo que a cidade começou a ganhar, propagada a princípio pelos hippies e mochileiros, boca a boca, a antiga Aldeia de Pescadores começou a se transformar numa Aldeia Global. E assim, de verdade, a cidade começava a entrar na mídia nacional.

Em 1980, já por necessidade, a cidade começou a sua expansão urbana, nos terrenos que são hoje os atuais bairros Manoel Carneiro, Pequi e Areião.  A prefeitura comprou estes terrenos e começou a distribuí-los a uma parte da população.  Muitos se recusavam a aceitar os terrenos doados,   afinal quem iria querer ocupar aquela lagoa cheia de mato? Terreno ali, nem de graça.  Outros tinham terrenos, mas faltava dinheiro para neles construir; isso fez com que a grande maioria desses aquinhoados vendessem o que tinham ganho a preço de banana.

Entretanto, a primeira pessoa a acreditar, realmente, no futuro imobiliário da cidade, foi Moacir Andrade, a despeito do outros, que chegou a comprar entre 1970/71, portanto, antes mesmo do asfalto chegar, cerca de 60% a 70% de toda a orla marítima do município, tanto para o norte, quanto para o sul. Anos depois, na  década de 1980, João Carlos de Paula começou a ficar dono de mais de 80% da área urbana não construída.

Em 1982, o Aeroporto de Porto Seguro foi inaugurado. Seu terminal de passageiros era bem simples e pequeno (hoje, este prédio é ocupado pelo corpo de bombeiros da cidade). Em 1997, o aeroporto foi reinaugurado, tendo recebido um novo terminal de passageiros, novo pátio de estacionamento de aeronaves e ampliação da pista de pouso para operar com aeronaves de grande porte.

Uma grande expansão urbana e ocupacional ocorreu na década de 90, com o surgimento dos bairros Cambolo, criado pelo prefeito Valdívio Costa e o Bainão, criado pelo prefeito Ubaldino, o Bahiano. Acorreram para ali mais de quarenta mil pessoas fugindo da região cacaueira assolada pela falta de emprego e pela praga da vassoura-de-bruxa. O bainão passou a ser um pequeno centro comercial e de mão de obra de trabalhadores braçais.  Nesse mesmo período, a cidade cresceu em direção à orla norte, com o lançamento de loteamentos pelas empresas Góes Cohabita e  Portobello.  Assim surgiram os bairros Mundaí, Village e Paraíso dos Pataxós. Esses bairros foram ocupados pelas classes mais abastadas e investidores de todo o Brasil, que migraram para cá em busca da qualidade de vida proporcionada pela pacata vida do interior, ou simplesmente compraram para ter uma segunda casa de veraneio. Em seguida, foi lançado por João Carlos o loteamento Outeiro da Glória, hoje considerado o bairro mais sofisticado da cidade.

Finalmente, para as comemorações dos 500 anos do descobrimento do Brasil, comemorado em 22 de Abril de 2000, o governo do Estado da Bahia, através do Prodetur, com dinheiro do BID, (Banco Interamericano de Desenvolvimento), aportou em Porto Seguro e região, chamada de Sítio do Descobrimento, com 120 milhões de dólares, que foram aplicados em Porto Seguro num trabalho deveras essencial. Essencial, porque uma cidade com cerca de 100 mil habitantes na zona urbana, com mais de 30 mil leitos e que recebe aproximadamente 1,3 milhões de turistas por ano, ainda não tinha um sistema de esgotamento sanitário, pluvial e de abastecimento de água adequado.

A cidade agora goza de um período de grande expansão urbana, com perspectivas de crescimento populacional nos próximos anos.  Hoje, além de Porto Seguro  ter a terceira maior rede hoteleira do país, já conta com infra estrutura de comércio e serviços para atender à crescente população, que antes tinha que recorrer à Eunápolis para comprar desde a cesta básica ao vestuário e serviços médicos. A cidade atraiu investimentos significativos, como o Aeroporto Internacional, Centro de Convenções, um moderno e equipado hospital, grandes lojas de roupas, calçados e móveis, cabanas de praia com estruturas confortáveis.   

Com o aumento da renda da população, a indústria do turismo se tornou uma atividade produtiva gigantesca, geradora de emprego e renda.  Tornando-se agora uma cidade universitária com a chegada de uma Universidade Federal,  Porto Seguro tem grandes perspectivas de crescimento urbando, e o prognósticos é de grande aumento da demanda imobiliária nos próximos anos.

Apesar de esquecida e estagnada por quase 500 anos, Porto Seguro está apenas começando. Está sendo redescoberto, atraindo não só turistas, mas novos moradores que estão fugindo do stresse nos grandes centros urbanos em busca de tranquilidade e qualidade de vida no interior.  

Essa retrospectiva histórica revela que o mercado imobiliário de Porto Seguro tem um futuro promissor. Os poucos visionários que acreditaram no potencial desse mercado na década de  70 fizeram fortuna.

Porto Seguro, berço da civilização brasileira, é um bom lugar para se investir e morar. Vamos contribuir para que haja um crescimento sustentável, e que a velha matriarca consiga preservar o seu maior patrimônio, o seu status de paraíso tropical. É preservando que valorizamos a nossa terra, a terra mãe do Brasil, pois o melhor negócio da terra, é a terra.

Por: Claudiney Martins                 Fonte de pesquisa: Romeu Fontana

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17 Junho 2014, 11:28

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